quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Bate papo com a escritora Cidinha da Silva

O Grupo de Estudos Literatura e Periferia(s) - GELPS, da Universidade do Estado da Bahia – Departamento de Educação – Campus XIII (Itaberaba), coordenado pela Profa. Dra. Luciana Moreno, se propõe a promover a discussão em torno dos textos da literatura brasileira contemporânea, produzidos por mulheres e homens, oriundos das diversas periferias brasileiras. A acepção do termo periferia, aqui compreendido, insere-se em questões que vão da geografia às discussões políticas, identitárias e ideológicas. No GELPS, a discussão em torno das políticas afirmativas ocorre a partir da investigação da produção literária de autores contemporâneos que dão voz às minorias, a exemplo de Sérgio Vaz, Fábio Mandingo e Marcelino Freire.
Agora, O GELP(s) concentra-se na obra da escritora mineira Cidinha da Silva, autora de mais de oito livros, a exemplo de “Nove pentes d’África”, “Baú de Miúdezas” e “Racismo no Brasil e afetos correlatos”. Estes abordam temas universais e de extrema relevância como o amor, o racismo e a homoafetividade. Cidinha tem como marca da sua literatura a prosa poética e transita habilmente pelo terreno da crônica. No Blog da Cidinha é possível encontrar referências amplas sobre a produção literária e ensaística da autora. No dia 03 de dezembro, o GELP(s) recebe a escritora e convida a comunidade para um bate-papo com Cidinha da Silva no auditório do Departamento de Educação - Campus XIII da Uneb, em Itaberaba, que ocorrerá às 19 horas.
Neste encontro, a autora falará sobre sua obra em consonância com os estudos propostos pelo grupo, respondendo também às perguntas do público. Ao final, haverá sessão de autógrafos de livros que estarão disponibilizados para venda no próprio evento. Entrada franca




segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A Verdade não tem corpo


A Verdade não tem corpo
A Esperança não tem olhos
Altair Ramos

Espantam-se com as verdades
Que surgem gasosas e lentas
Em muitos casos, fogo fátuo
A sina da verdade, só transparecer
Há de ser num espectro rápido
Pois os olhos que hão de ver
Viram logo pro outro lado.

Viver de falsas esperanças
Uma hipérbole pleonástica*
Quimeras que impomos ver
Pois a esperança não tem olhos
Sem baliza, sem guias para a mira
Quando a verdade vem à tona
Resfolega, foge, tropeça e morre.

Verdade encantadora não existe
Só é conveniente sendo necessária
Porém, desnecessária se inconveniente.

A esperança, riso da boca triste
Placebo voraz em tarja preta
Protegem as rugas de toda a gente.
.
.
*Talvez, um pleonasmo hiperbólico


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