quarta-feira, 27 de maio de 2009

Lula na Bahia

Agora vai...

Presidente Lula na Bahia, em Cachoeira, em meio a protestos e vaias, soavam também os aplausos. Em Salvador, a chuva intermitente deu uma trégua, apesar de ter insistido em manter as moradias úmidas e mofadas, levado outras desfiladeiro abaixo, também obrigou as vias publicas a providenciarem por conta própria, buracos e crateras que complementam ou implementam os sistemas de drenagem da cidade.
Não estive em Cachoeira, mas se estivesse, assim como seus habitantes, não poderia violar a redoma em que se mantiveram os ilustres visitantes. Parte deste texto foi escrito antes de o presidente chegar à terra de todos os santos, pois seria um conjunto de sugestões aos visitantes, esta viagem além de aumentar a milhagem institucional, deveria ter forte objetivo espiritual, acredito que o barbudo esteja precisando, o país também.
Luis Inácio deveria aproveitar os intervalos entre um protocolo e outro para receber passes, tomar banho de ervas e sal grosso - o carrego é grande e talvez até penoso - além de se aconselhar com mãe-de-santo e procurar saber o que lhe é reservado no Ifá, para que possa continuar sua empreitada sobre a proteção dos Orixás.
Outra coisa importante também é revigorar as forças físicas com iguarias energéticas de nossa terra, alimentando-se com inhame, aipim, mingau de carimã, maniçoba e água de cozimento de guaiamus, além de rebater tudo antes e depois com um bom e conservado licor de Belém de Cachoeira, mais importante ainda é levar para a Capital Federal, quantidades congeladas destas iguarias que deverão ser consumidas naqueles dias em que o corpo não pretende atender aos chamados da lida.
O presidente deveria sair do nosso estado com a cabeça feita, totalmente guiado a orientar os ministros e demais políticos a se apropriarem de sabias decisões identificadas com os anseios populares.
Nossas representações democráticas instituídas por força do voto estão desorientadas, trabalham em causa própria ou de privilegiados, ostentam mansões e palácios, outros atropelam ou estupram, e nossa justiça bate-boca, permitindo claramente que os seus problemas de relacionamentos pessoais, privados e formação de caráter, interfiram nas questões legais do país, enfraquecendo a cor da justiça e desbotando as decisões legais que impelem o povo a não ter ânimo participativo.
Seria de grande importância, que nesta visita, nosso presidente e vossa comitiva, aprendessem como fazer despachos favoráveis ao povo que não frequenta gabinetes. Deveriam nos ofertar mais em relação ao que nos exigem, nossas necessidades são gigantescas, quase não nos sobram forças para rebater a indiferença do que nos é deferido. Somos verdadeiros santos conduzindo os políticos em nosso andor.
Finalizando, na mala de lembrancinhas da Bahia que o presidente levará para seus amigos de trabalho devem constar patuás, fitas bentas do Senhor do Bonfim, banhos e defumadores para fechar o corpo e abrir os caminhos.
Sarava.
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quinta-feira, 21 de maio de 2009

CHEGA

Almirante Águia

Minha opinião forte
E meu gênio ruim
É o que fiz de mim
Sou tão somente isso
Nas sombras onde existo

Às vezes leve isopor
Ao vento que me leva
Noutras pesado torpor
Impondo-me severas quedas
Aprendi a ser assim

Traço esta caricatura

Sem causar qualquer horror
Aos que olham fundo em mim
Bem enxergam quem eu sou
Se escaneiam a alma é pura

Deixarei de ser secreto
Incendiarei toda cortina
Sairei do esconderijo
Deixarei de ser tão reto
Viverei de peito aberto

Dançarei a luz do dia
Sem roupas irei às ruas
Pois tenho um gênio forte
A vida em mim é minha
Aos rumores entrego a sorte.

Este poema é para minha irmã, te amo Olivia.

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Lançamento do Livro “Ecos Machadianos”

O Movimento Cultural Artpoesia, com seu lema A Poesia Existe, Resiste e Insiste, comemora 10 anos de atividades culturais em 2009. Como parte das comemorações, realiza no dia 22 (sexta-feira), a partir das 17h, na SUP – Sociedade Unificadora de Professores (Av. Carlos Gomes, 544 - Centro) o lançamento do livro, “Ecos Machadianos”, que tem a participação de 42 autores de diversos estados do Brasil. A obra também homenageia Machado de Assis, o maior escritor da literatura brasileira. A coletânea tem apresentação do jornalista e presidente da Academia de Letras do Recôncavo (ALER), Almir de Oliveira e do poeta e coordenador do Artpoesia José da Boa Morte.
Histórico - O Movimento Cultural Artpoesia, foi criado em maio de 1999 pelos poetas José da Boa Morte e Carlos Alberto Barreto, firmando-se no cenário baiano e nacional como um dos alicerces da moderna e contemporânea poesia. O Suplemento Literário do Evento Cultural Artpoesia come çou com um folheto com 4 páginas em policromia. Na 2ª edição já com 8 páginas, os colaboradores contaram com o apoio de mais anunciantes e novos poetas baianos que ilustraram a revista com seus versos, além dos já conhecidos nacionalmente como Drummond e Vinícius de Morais.
Em junho/julho de 2003, o Suplemento no seu Ano IV, na 7ª edição em policromia (como nos dias de hoje) ganha ares de Revista Cultural (32 págs.) com ilustrações, capas, desta vez homenageando a Independência da Bahia (capa Maria Quitéria) e matérias sobre grandes personalidades baianas, poema “Ao Dois de Julho” de Castro Alves (edição esgotada) em homenagem a data comemorativa e cívica. Até esse momento eram 36 edições em 04 anos de existência, 340 mil exemplares, encantando leitores e escritores com humor, música, contos, crônicas, curiosidades e muita poesia.
Depois de ter publicado 2.400 textos de poesia, 240 contos, 800 textos de humor, 60 destaques de capas para autores históricos em 79 edições, e ainda, ter realizado 7 edições do projeto Pão e Poesia, 2 edições do Concurso Interescolar de Poesia Falada, 9 edições do Circuito de Arte e Literatura nas Escolas em 10 anos de criatividade e resistência... A Revista Arpoesia chegou aos 10 anos na edição de nº 80, lançada no último dia 8 de maio na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

Período: 22/05
Horário: Sex, 17:00
Preço: Entrada gratuita
Local:
SUP - Sociedade Unificadora de Professores
Rua Carlos Gomes, 544, Centro - Salvador - Bahia - Brasil
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terça-feira, 12 de maio de 2009

Revista ArtPoesia - 10 Anos

Olá pessoal,
Dia 08, na Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador-BA, aconteceu a confraternização e o lançamento da edição nº 80: ARTPOESIA 10 ANOS!
Muitos poetas presentes, recitando poesias e parabenizando a Revista Artpoesia.
A todos, nossos sinceros agredecimentos.

"Sonho que se sonha só, é só um sonho. Mas sonho que se sonha junto, vira realidade!" (Raul Seixas)

MOVIMENTO CULTURAL ARTPOESIA
Realizando sonhos, celebrando a vida!
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A Revista

Fundada em 1999 a revista já publicou 2.400 textos de poesia, 240 contos, 800 textos de humor, 160 textos temáticos, 80 artigos, 60 textos de campanhas sociais e culturais de vários grupos de Salvador e outras cidades do Brasil, 60 destaques de capas para autores históricos em 79 edições, e ainda, realizou 7 edições do projeto Pão e Poesia, 2 edições do Concurso Interescolar de Poesia Falada, 9 edições do Circuito de Arte e Literatura nas Escolas, em seus 10 anos de criatividade e resistência a revista vem abrindo espaços e se impondo como importante veículo de divulgação artística e cultural na Bahia.

A Missão

A revista Artpoesia acredita na criatividade de crianças, jovens e adultos. Toda edição traz consigo 60 textos inéditos de autores que propõem valores positivos, tais como: o espírito coletivo, a solidariedade, a empatia, a liberdade de expressão, originalidade, honestidade, responsabilidade e compromisso com a realidade local e global.

Machado de Assis

Para completar as comemorações, será lançada a coletânea “Ecos Machadianos”, trazendo no seu bojo 41 talentos da literatura brasileira. Dessa forma, o Movimento Cultural Artpoesia segue seu lema “A Poesia Existe, Resiste e Insiste”.

Assine a revista, faça parte deste projeto.

Contatos:
José da Boa Morte
(71)3241-6821 / (71)9155-6828
e-mail: artpoesia@bol.com.br

FOTOS NO ORKUT

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Poema sobre as coisas vãs


EFEMERIDADES
Almirante Águia

Acontecimento de roça
Toda nova é novidade
Acontecem só por lá
Cisma o povo da cidade


Tarde destas uma ave
Lindo e parvo pavão
Sarapanta a calmaria
Foge as regras da razão

Corre atrás da raposa
Embaralha-se com gato
Acuado por cachorro
Peru lhe dá um trato

Gansos como sempre
Dão bicadas no incauto
Pula aqui, sapeca lá
Sem pose, sem penas

Coitado tá sem rabo
Pavão serve pra nada
Cutelo no pescoço
Enriquece a panelada

A beleza é posta a mesa.



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terça-feira, 5 de maio de 2009

II Conferência Municipal da Igualdade Racial aconteceu segunda-feira (04) em Itaberaba/BA

Desafios e perspectivas para a implementação de uma política
de igualdade racial em Itaberaba

A discussão acerca das questões étnico-raciais se faz urgente em todos os seguimentos da sociedade. Implementação de políticas públicas que fortaleça os segmentos sociais menos favorecidos e permita o desenvolvimento em prol da população marginalizada e que vive a margem da sociedade deve ser pauta cotidiana dos governos federal, estaduais e municipais, assim como, todas as esferas da sociedade. Não cabe mais, num país multicultural e pluriético que é o Brasil, continuar acreditando no mito da democracia racial, chegou à hora de dizer basta e encarar a verdade cruel que nos assola – a desigualdade étinico-sócio-cultural. Juntos podemos fazer um Brasil mais humano.

A II Conferência Municipal da Igualdade Racial foi realizada segunda-feira (04) no Auditório do Colégio Modelo de Itaberaba, com início as 07h30min, com o objetivo de promover diálogos entre a sociedade civil e governo municipal sobre os avanços e desafios das políticas públicas da igualdade racial.

O evento é voltado ao público afro descendente, praticantes de religiões de matriz africana, indígenas, quilombolas, ciganos, judeus, palestinos, juventude negra, gestores públicos, parlamentares, além de outros agentes de organizações da sociedade civil vinculadas ao tema. A finalidade do encontro foi reunir o poder público, sociedade civil, organizações não-governamentais e segmentos mais vulneráveis que definirem propostas e idéias que servirão como base de discussão para a II CONEPIR - Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, a ser realizada em Salvador nos dias 24 a 26 de maio de 2009, no Centro de Convenções da Bahia, de onde serão eleitos delegados e delegadas para a II Conferência Nacional, que ocorrerá no Centro de Convenções de Brasília nos dias 25 a 28 de junho deste ano.

Os participantes da Conferência Municipal debateram temas como gênero e raça, juventude negra e segurança pública, educação e saúde, trabalho emprego e renda, questões indígenas, ciganas e políticas quilombolas, e intolerância religiosa. O evento foi realizado pela Prefeitura Municipal de Itaberaba, com total apoio do Movimento Negro Quilombolas de Itaberaba. Ao final foram eleitos os delegados que irão representar o município no encontro estadual. Houve ainda, na abertura, nos intervalos e no encerramento, momentos culturais com artistas da terra.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se elas podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto." Nelson Mandela
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Cédito da Imagem: http://www.cufa.org.br/in.php?id=2009/mat09-061

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domingo, 3 de maio de 2009

PERDIDO

Entre a fé e a ciência
Obscuros elos percebo
Denominados coincidência.

Juntas a fé e a ciência
Explicam em turbulência
Os caminhos da consciência.

Olvidando a fé e a ciência
Sou parvo num labirinto
Questionando a existência.

Parceria por email
Almirante Águia – Itaberaba/BA

Aglacy Mary – Aracaju/SE

Sobre Augusto Boal

Augusto Pinto Boal (Rio de Janeiro, 16 de março de 1931 - Rio de Janeiro, 2 de Maio de 2009) foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido, que alia o teatro à ação social, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.
O PAPEL DO ATOR
Almirante Águia

Morre o homem
Fica a fama
O exemplo
A trama
Somos atores
Ao som do tablado
Fazendo aplausos
Seguindo a claque
Conduzidos e induzidos
Transformadores e manufaturados
A gênesis em pó
Dissolve-se em vidas
Algumas, areias insalubres
Outras, fantásticas rochas
Pedras preciosas

Salve Boal

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